quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Cheiros... eles te lembram o quê?

Um dos mais requisitados dos sentidos, o olfato também traz lembranças à memória...

"...eu lembro que, quando ia pra casa da minha avó, eu acordava naquele domingão e, do meu quarto, a primeira coisa que eu sentia era o cheiro do café moído e passado na hora e do pão de queijo que minha vó, boa cozinheira que era, fazia bem cedinho...".

Isso me remete a tantas lembranças...

- As primeiras chuvas deixam logo a sua marca quando a terra seca é molhada depois de muito tempo;
- O cheiro da pessoa que você gosta, que desde o primeiro olhar, é inconfundível...
- O cheiro de um presente... (lembro-me de um ursinho de pelúcia, que ganhei do Luti aos 17 anos... tinha um aroma tão bom)...
- O cheiro de um abacaxi... não importa quão ácido ele seja, ele sempre te deixará com água na boca...
- O cheiro do sabão em pó que a Doro usa...
- O cheiro de uma Coca-Cola (aí, tem festa na certa)...
- O cheiro de neném... nossa, taí o melhor dos mundos (isso me lembra que sou mãe...é tão fofinho, a melhor coisa do mundo...)...
- O cheiro do óregano, queijo e molho de tomate...
- O cheiro do alho, fritando na panela pra refogar o arroz...
- O cheiro de pipoca...não tem outro, é FILME!
- O cheiro do meu antigo apartamento em Santa Maria, que só me lembra INDEPENDÊNCIA!
-O cheiro do carro do meu pai (me lembra viagens malucas)...

Não só bons odores, mas algúns fétidos me trazem boas lembranças também...rs

- O cheiro das canoas de pescadores, quando eu, minha irmã e meu pai íamos até lá cedinho e "salvávamos" siris, devolvendo-os à praia;
- O cheiro do carpete e do monóxido de carbono me lembra o estúdio
-O cheiro da música me lembra a academia... ou seria ao contrário? Música tem cheiro? Eu digo que sim...

......

Não importa qual o cheiro, eles sempre te lembraram de alguma coisa vivida, uma boa comida (ou não), uma boa amizade ou um grande amor (ou uma grande tragédia amorosa)...

Me diz, qual o cheiro que você mais gosta?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Eu e você... você e eu!


Provavelmente você não vai me entender.
Seria o meu maior erro te perder pela perfeição.
Mas já aprendi nas músicas do Legião que o imperfeito não participa do passado.
Você é o meu presente. Quero sentir a sua falta e sofrer sua ausência.
A saudade não merece ser abafada.
Quero querer a sua voz, quero querer os seus ouvidos para me escutar falar de tudo, ou nada, eu quero ser os seus ouvidos, quem te escuta.
Em um país de olhos castanhos quem chama atenção os tem verdes.
As palavras bonitas, os momentos especiais, não são todos.
Eu ouvi uma vez, em algum lugar, que a gente vive não sei quantas mil horas, mas que podemos resumir nossa vida em cinco minutos. O resto é dia-a-dia. Quero você nesses cinco minutos! Quero que você seja esses cinco minutos.
Quero brigas sem beijos, andar de mãos vazias também. Não preciso de proteção, não sou princesa, e desde muito cedo deixei de ser frágil.
Não sou especial, não sou diferente, melhor ou maior que você. Continuamos empatados.

Sinto falta das pessoas. Sou feita de amigos, ando em bando. E tem momentos que eu sinto falta de eu mesma, e só me olhar no espelho enquanto lavo minhas mãos não resolve.
O tempo é curto, mas eu gosto dele assim. O que é demais faz muito mal, e você só se destaca porque me faz tão bem. Odeio Jota Quest, mas "a nossa liberdade é o que nos prende". Se eu já estou com você, você tem medo de mais o que?

Não caberia eu tornar a falar dela, mas a perfeição me cansa.
Gosto do jeito que o vento fecha seus olhos, e de como você atropela as palavras para falar. Quando eu te vi, quando você ficou na minha frente e me beijou pela primeira vez, quando você disse “quer namorar comigo?”, e que você foi o primeiro a ter coragem de falar com meus pais, quando a cada dia que passa eu vejo cada uma que você faz, e apronta...
Eu vi todos os seus defeitos! Ta?
O seu gosto musical, a sua letra torta, você me fazer de sua bateria...
Mas eu gosto, adoro de paixão tudo isso. Cada um dos detalhes.
Quando você os esconde, a gente acaba se escondendo também. Jamais te pediria para ser outra pessoa, se eu gosto exatamente de quem você é.
Quando me perguntavam da gente, na maior alegria do mundo eu respondia apenas com "descontraindo".
E quando tentavam me convencer de que você não é o cara certo pra mim, eu me desligava das palavras escutadas e pensava que o certo nem sempre é o certo, e eu não quero um cara que me mande flores a cada briga, eu não quero ser telefonada todo dia, eu não quero ser mimada, eu sempre fui mimada e isso não é tão bom assim.
Eu não quero o cara certo se o que me prende a você são exatamente seus erros, eu só quero que você me viva comigo cada dia como se fosse o ultimo...

Não vá se perder! Porque eu odeio a ironia sem comédia, e se isso acontecer, ela se intrometeria entre nós.
Sendo que, poxa! Minha maior sorte foi ter te encontrado, ter te reencontrado!
Eu te adoro e obrigada por tudo.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Com quem você pensa que está falando?


Como é que se constrói o sentimento de subalternidade?
O que faz uma pessoa sentir-se inferior à outra?
Na história do nosso país, no dia-a-dia de uma rotina que reforça a desigualdade social surgem sentimentos, medos, lembranças, ansiedades que muitas vezes a gente não percebe, mas que modificam a forma de percebermos o mundo.
Frases feitas que insistem em tentar se tornar realidade, tais como: “Você sabe quem está falando?” ou “Manda quem pode, obedece quem tem juízo” ou ainda “ Coloque-se no seu lugar” refletem muito desta dimensão subjetiva.
Olhe a sua volta. O mundo não é só o que você vê.
O comportamento subjetivo dos brasileiros tem sido formado desde a colonização.
Desde que realeza é branco e mão-de-obra, negro. Ou você nunca percebeu o porque de dois elevadores: social e serviço? Exatamente para que não haja mistura.
Entretanto, existem em alguns estados leis que vetam qualquer tipo de discrimanação de raça, ocupação, gênero sexual em elevadores.
Mas porque os 'empregados' insistem em usar o de serviço? Desde a escravidão, nós, os negros aprendemos qual era o nosso lugar.Mas que lugar é esse? Qual lugar é o seu? Qual lugar é o meu?
Frases feitas acabam tornando uma pessoa insignificante, querer significar algo.Você sabe com quem está falando?Porque tanta vontade de desqualificar e discriminar alguém?Como você olha os garçons? Os faxineiros? Os garis?Por quê a eles, é concedido o poder de invisibilidade perante as pessoas?
A ética nem sempre está na expressão, mas ela deve estar na intenção.
Valorizar as pessoas acaba tornando o seu mundo melhor.
Coloque-se no lugar: o de devido respeito.
Como Lewis disse: "O superior sempre precisará do inferior. Uma planta não vive sem o Sol, da mesma forma que não vive sem a terra ".
E agora? Você sabe com está falando?

VALOR!


Muitos procuram, outros têm.

Alguns não dão valor, outros nem percebem a existência.

Eu percebi e dei tudo de mim. Não foi o suficiente? Talvez...

Ou talvez, simplesmente, tal ato não foi observado com olhos certos.

Perfeição nas palavras de amor, perfeição no sentimento e até na dor.

Dor que, posso garantir, não foi nem é pouca.

Dor que talvez nunca passe. E se um dia passar da pior forma com certeza deixará a maior de minhas cicatrizes.

Mas não, eu sei que para mim, essa pior forma não irá existir.
Como se eu esperasse a hemorragia no lugar da cicatrização caso tudo não volte a terra firme novamente.
Quem sabe...? Com certeza não sou eu...
Mas vamos em frente, o mundo não para de girar enquanto eu me lamento e caio.
O relógio não para de contar e o tempo de correr.
E como pode correr depressa às vezes... Assusta... Mas vamos em frente...
Como cada dia, dando tudo de si.
Afinal, eu já cansei de ficar sentada e esperar, pois sei que posso fazer muito também.
Assim como você...!
Meu pai sempre teve a tal da razão...
Sonhe, sonhe, sonhe...
Sonhe consigo um sonho que se realiza.
Sonhe, sonhe, sonhe...
E sonhe até que seu sonho se realize.
Beijinhos sonhadores....
Lia

Achado não é roubado!


Quando a gente se acha no meio de um caminho que já estava perdido, é foda.

E engraçado, claro. A sensação é algo inexplicável, por tanto prazer que proporciona. Dá vontade de gritar, fazer careta, dar risada, cantar, dançar, pular, xingar, conversar, bater palma e sair correndo pelada pelas ruas de uma cidade que marca dois graus negativos.


Sabe a sensação de ano novo? Não o fardo de começar tudo de novo, mas sim de renovação e diferenças. É assim que um ser humano se sente quando acha a sua essência, perdida há tempos, por causa de algo ou alguém. Renovação, mudanças, diferenças, liberdade, começo, recomeço. É aí que muitos vão e outros chegam. Os necessários ficam e alguns acabam voltando.


E você pensa: "poxa, como fui besta!". E não, não foi besta.

A gente só aprende com os maus momentos da vida, os bons marcam ou se tornam efêmeros. Lembra-se de algo feliz que fez ontem? Nem eu. Agora você vai aprender a amar de novo, aprender a adorar, a ser amigo, a escutar, a falar, a andar. Com a inteligência de um recém-nascido - e os olhos do mesmo - comece, por mais idiota que pareça, pelo começo. E arrume tudo. Molde sua vida do jeito que você gostaria que ela fosse. Para não se arrepender e zerar de novo.


Sem mais, tchau. Agora é a hora de dar mais chocolate as minhas espinhas, cortar o cabelo em frente ao espelho ouvindo música alta, beber um copo de água (talvez ardente de cana adoçada), pegar as roupas e mudar o estilo, cortas as unhas, tomar um banho, abrir os olhos e me dar um novo nome.


By the way, você já se viu sorrindo hoje? I can do better.
Beijos e ótima terça!
Lia

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pseudo-Evolução




Antes de ler o texto, sugiro que ouçam a música Do the evolution (Pearl Jam).
Ensinam que somos seres evoluídos, que ao longo dos anos o instinto foi sendo substituído pela racionalidade. Quando olhamos para as conjecturas atuais é fácil percebermos que a mentira contida em tais afirmações é latente.

A princípio, por exemplo, matávamos para comer, hoje também isso acontece mas alimentamos sentimentos de ódio e poder que são insaciáveis. Nós, porque nós? Nunca pratiquei e nem pretendo fazer tais coisas, você diz. No entanto, o fato de nossa espécie fazer isso através de alguns poucos não isenta a todos de terem o mesmo desejo, que pode ser despertado ou não, assim como não nos isenta da responsabilidade de irmos contra isso.

Desde a descoberta do fogo, homens se reúnem ao redor de sua maior descoberta seja para celebrar um ato religioso, seja para menosprezar um outro da espécie que tem alguma diferença. Diferenças nunca respeitadas que fazem com que a escravidão se expanda a níveis intelectuais, tornando a dominação em extremismos como a não-aceitação total do outro lado e da outra forma de pensar. O caleidoscópio de idéias tem de se transformar necessariamente em monocromia perversa.

É tão óbvia nossa falta de respeito uns pelos outros. Retratada de forma “natural” através das guerras que tiram a paz de um lugar para manter uma paz passageira em outro. O ciclo do ódio não consegue ser quebrado por mais atrocidades que o humano cometa.

Matamos para nos matarmos. Enquanto uns são assassinados outros se suicidam, motivos diversos podem ser postos para explicar as duas situações extremas com o mesmo fim. Mas, no fim das contas vemos que a razão motivacional é a mesma, a ânsia pelo poder mesmo que irracional, o bem-estar egoístico está acima de qualquer conforto alheio.

Alienadores se apoiam também no mesmo desejo, seja a imposição vinda da lei, da religião ou até mesmo de um simples discurso, toda a pedagogia científica atual é menosprezada quando não incitamos o outro a pensar por si mesmo. A criatividade, o raciocínio se concentram na mente de uma única pessoa a ponto de seus subordinados não conseguirem pensar por si mesmos.

Um espelho é a única coisa existente na frente dos olhos do egoísta. Quando esse espelho é quebrado ainda sobra a armação, vivemos como a escolher o que queremos ver, olhamos para a realidade com os mesmos olhos que temos para a ficção, somente quando destruirmos completamente o espelho e sua armação poderemos compreender de forma mais clara a realidade que nos cerca.

Que a evolução não fique no pensar de que a terra é um lugar livre para fazemos o que queremos, mas antes de tudo pensemos se realmente somos evoluídos ou se a evolução pensada não é um simples retrocesso ao instinto irracional animal.
P.S: De cara peço desculpas por minha primeira postagem não ter sido algo mais up, como foi o caso da Cris, porém no pequeno trajeto dentro de um busão, de casa até o estúdio, agora mesmo de manhã, me fez pensar nessa tal Evolução-Humana. Coisas que a gente se depara e não gosta de lembrar. Porto Alegre não era assim não! Nossa cidade está mesmo, evoluída!
Ah! Falar em Porto Alegre me lembrei que essa semana estarei na Feira do Livro, garimparei algumas coisas e depois publico.

domingo, 4 de novembro de 2007

Qual é o preço de uma amizade?


Engraçado essa pergunta...

Amizade, quantos conceitos e respostas teríamos aqui?

É interessante o quanto somos movidos por amigos, é intrigante o quanto cada um responde diferentemente aos estímulos.

Num passeio introspectivo que fiz essa semana, refleti sobre o tipo de amizades que eu tenho dentro e fora de casa. Quero dividir isso com vocês!!!

De todas as minhas amizades, a que mais me chama atenção, é proveniente do colo da minha mãe e do meu pai. O mais estranho e curioso nisso tudo é que, a medida em que envelhecemos, adquirimos uma amizade adulta com eles. Ao menos em minha casa. É engraçado, aquilo que outrora era segredo, passa a ser uma conversa agradável; o que antigamente era pressão, passa a ser repartido, regado de conselhos; aquilo que era "tabu" passa a ser piada no dia-dia.


Uma outra bem complicada, mas "mágica", é amizade que vem da minha irmã (a minha bióloga cor-de-rosa que ainda vai fazer sucesso)...é uma amizade "entre tapas e beijos", mas dá tudo certo! Eu amo a Sí, ela é uma das amizades que mais prezo ter na vida e quando não soltamos faíscas, somos um "cordão de três dobras".


Agora começando a bagaceira:


*Amigos Shaloenses: do termo hebraíco Shalon-Paz, é da igreja que uma amiga congrega Ass. de Deus Shalon..rs. São amigos que tenho de quase oito anos. Companheiros em pizzas e muita Coca-Cola. Ombro amigo em todas as horas... E um grupo de "detectores de humor"...


*Trio de quatro: Nada perjorativo, hein?! Meninas para todas as horas. O engraçado é que cada uma tem um jeito. Uma é mais malvada (Joha), a outra mais sensível (eu), outra mais dopada (Djuli) e a outra mais convencida (Sí). É curioso o quanto nos completamos e o quanto somos dependentes uma das outras. Brigamos, rimos, rimos e brigamos...quer mais?! O importante e belo da vida é que amigos de verdade permanecem firmes diante das turbulências da vida...


*Bodas: Amigos que já passaram décadas, mas que continuam firmes em meu coração... Creio eu que agora que essas tais amizades estão ficando boas pois estamos nos redescobrindo. São elas: Guilherme, Aline, Fernanda, Cristian, Marcelo, Jorge, Mariana, Vanessa, Franciele, Patrícia, Julião, Rubens, Ígor e todas as pessoas que eu não lembrar que sabem que estão nessa listinha...


*Por acaso: São aquelas pessoas que aparecem em um determinado momento, mas que acabam tendo o poder de mudar determinadas partes de nossas vidas: Carla, Alana, Ângela, Fábio, Anna, Felipe, Valentin, Cristiane, Nai... e todos aqueles que, por minha mente sofrível, não citei o nome...


*Por fim...A FAMÍLIA: É claro que agora todas as pessoas estão meio que diferentes. Alguns já não estão mais entre nós, entre eles, o tronco da família, meu pai, Johann, mas que não deixa de se fazer presente todos os dias em pensamentos e muita saudade. Minha mãe, Luciana, que é a mulher mais forte que eu conheci nessa vida, que consegue ser a pessoa mais maravilhosa do mundo, dando sempre o apoio certo na hora certa. Doro, minha "babá", que está comigo há 24 anos, me mimando sempre e sabendo sempre como me fazer sorrir. Mommy, minha sogrinha e minha segunda mãe, que o adjetivo que mais convém ser relacionando à ela é: sabedoria. Sissa, minha irmã linda e convencida, mas exemplo de determinação e coragem. Luciano, é quem sempre me segura em todos os tombos e me mostra que felicidade existe e que viver, vale a pena! Júlia, filha do Lu, que me ensinou a perdoar e a amar, fazendo com que eu fosse "mãe" muito cedo e hoje só me enche de alegria... e por fim, minhas filhas, Isadora e Betina, que hoje é o motivo da minha vida e me fizeram entender o que uma pessoa muito especial me disse uma vez: "quando nascerem, tua vida não será mais tua"... Mas não me importo, vivo por elas e isso só me traz alegrias. Família...ocupações, namoros e casamentos nos deixam um pouco distantes...mas isso não me impede de amar quem merece ser amado!


De todas as formas, cultivem suas amizades. Paguem o preço que for possível se a amizade valer a pena! Essa é a alegria da vida!! E eu não poderia começar este blog se não, com uma homenagem às pessoas que eu amo, que não têm preço e são de valores inestimáveis: meus amigos!


Com um beijo gigante, as boas vindas ao meu blog!


Lia